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Igualdade de Gênero

Igualdade de Gênero

Há uma cultura impregnada em gerações que diminui a trajetória das mulheres, mas para a tristeza de muitos, cada vez mais buscamos reconhecimento e mostramos o quão capazes somos de nos tornarmos quem quisermos ser.
Nossos esforços muitas vezes são maiores que o do gênero oposto, mas seguimos firmes, sem pestanejar. E embora não tenhamos tanto reconhecimento na história, literatura e afins, esse esforço está presente a alguns séculos!

"Diversos estudos procuraram denunciar a quase invisibilidade das mulheres como sujeitos, seja no campo da criação artística, seja como
parte das grandes narrativas da história, ou mesmo como protagonistas na própria produção literária e historiográfica" cita a autora Alleid Ribeiro Machado em seu estudo "Letras femininas" disposto na Revista Crioula nº 20 - 2º semestre/2017

No estudo vemos que há um grande movimento em busca de abordagens incisivas nos contextos tradicionais e assim a historiografia contemporânea norteou estudos temáticos, entrando em pauta a história das mulheres. E várias autoras portuguesas afloraram, tais como: Mariana Alcoforado, que fez parte do final de um período histórico literário seiscentista denominado Barroco, adentrando o século XVII, Leonor de Almeida e Teresa Margarida, ambas autoras inseridas no Iluminismo do século XVIII, entre outras várias mulheres essenciais para enriquecimento histórico.

Ela é apenas Mulher
No livro "Ela é apenas Mulher" de Maria Archer - escritora e jornalista em meados do século XX - relata sobre uma jovem inocente (Esmeralda) que vem da província para a cidade trabalhar na casa senhorial por intercessão de uma tia. Esmeralda passa a conhecer toda a vida diferente da cidade e se apaixona por um mulherengo que lhe jura fazer por ela todos os sacrifícios, mas que, quando ela lhe diz pensar estar grávida, a abandona e ela vê-se desgraçada, de volta para a terra de Alentejo onde seus pais a tratam mal por terem tomado conhecimento do seu namoro na cidade. De regresso à cidade, já a pensar ganhar a vida com um trabalho decente verifica que é difícil uma jovem arranjar trabalho em Lisboa sem ter de "ser simpática para os homens". Decide afinal casar por dinheiro e depois acaba por trair o marido com o homem que, nos primeiros tempos, a abandonara.

Esta obra contêm três edições, a primeira e a segunda publicada no mesmo ano: 1944 e a terceira em 1952.

Página 127

Reportagem sobre a importância e dificuldades da Mulher na Literatura, Jornal Minas
A História da educação feminina no Brasil
Na reportagem de hoje, trago a história da educação feminina, no qual explícita as limitações que a sociedade impunha sobre as mulheres, tendo suas atividades restritas aos cuidados do lar, marido e filhos.
Com a reforma educacional pombalina, as mulheres tiveram permissão para frequentar salas de aula (separadas por sexo); e o magistério público surgiu como mercado de trabalho para elas, que poderiam dar aulas apenas para moças. Claro que o ensino era raso, as disciplinas não eram as mesmas aplicadas ao gênero masculino, visto que a preocupação era que as mulheres soubessem cuidar do lar e pudessem aparecer em público sem causar vergonha ao marido ou aos pais.

Cartas de Mulher
A carta abaixo foi escrita em 1919 por Bertha Lutz e ao lermos o trecho maximizado temos a sensação que foi escrita na atualidade!
Assim nos traz a reflexão do quanto precisamos evoluir e dar continuidade nesta luta que vem de várias gerações.

A História da educação feminina em Portugal
No artigo MULHERES PROFESSORAS NA EDUCAÇÃO PÚBLICA PRIMÁRIA: CONTINUIDADES E RUPTURAS NAS EXPERIÊNCIAS DE PORTUGAL E BRASIL (1830-1900). As análises trazidas citam as várias semelhanças quanto a educação feminina em ambos os países.
Em Portugal, a inserção das mulheres no magistério primário se deu na primeira metade do século XIX. Semelhante ao que ocorreu o Brasil, quando da inserção das mulheres na profissão docente, a estas só era permitido o exercício da docência para as meninas. E a coeducação foi fundamental tanto para ampliação do acesso às mulheres na instrução pública, como das professoras nos postos de trabalho no magistério, uma vez que a elas era possibilitado, mesmo com restrições de idade, o ensino para meninas e meninos.

Instituto Europeu para a Igualdade de Gênero - EIGE
É interessante observar que na Europa há um organização voltada exclusivamente para avaliar a evolução do índice de igualdade de gênero. Criado em 2010, tem realizado inúmeros planos de ações para minimizar cada vez mais a desigualdade existente, atuam em diversas áreas: trabalho, dinheiro, conhecimento, tempo, poder e saúde, e respectivos subdomínios. O Índice inclui dois domínios adicionais: violência contra mulheres e desigualdades cruzadas. A análise das desigualdades cruzadas estuda de que modo fatores como a deficiência, a idade, o nível de escolaridade, o país de nascimento e o tipo de família se cruzam com o gênero para criar diferentes percursos de vida para homens e mulheres.
São diversos os dados analisados, o que auxilia grandemente na análise para assim melhor identificar os gaps/falhas e promover ações nas causas raízes. E por haver indicadores, no qual impacta politicamente os países com baixa colocação, traz uma atenção contínua necessária em tudo que impacta a não evolução dos países.

Fonte: EIGE
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